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“Task: Unidade Especial”: drama pessoal e familiar potencializa a ação da série

Mark Ruffalo e Tom Pelphrey (Ozark) estreiam nova minissérie da HBO

Task: Unidade Especial

Task: Unidade Especial” é o título da nova minissérie da HBO, que foi criada por Brad Ingelsby o mesmo showrunner do grande sucesso “Mare of Eastown” da mesma emissora. Desta vez, o consagrado ator Mark Ruffalo interpreta Tom Brandis, agente do FBI que será o comandante de uma força policial formada especialmente para investigar uma sequência de assaltos a biqueiras na região da Pensilvânia. A resolução do caso se torna uma questão emergencial, pois uma condição atenuante surge: uma criança, que estava em uma das casas invadidas, desapareceu.

Tom, que tem três filhos, estava afastado do serviço, porque ainda está processando uma perda recente: sua esposa, que foi assassinada por um de seus filhos. O personagem de Ruffalo ainda está consternado com o acontecimento; é comum a ele afogar as mágoas no álcool. Uma de suas filhas, Emily (a mais nova) é quem o socorre enquanto ele está bêbado em casa. Os papéis parecem invertidos e ela cuida dele como se fosse uma mãe ou um pai.

O outro protagonista da série é vivido por Tom Pelphrey (“Ozark”). Seu trabalho oficial é o de lixeiro, mas o extraoficial é o de assaltante de casas. Ele comanda um grupo responsável pelas invasões domiciliares. O alvo recorrente são biqueiras lideradas por um clube de motoqueiros, no melhor estilo Sons of Anarchy, chamado Dark Hearts. O personagem, que se chama Robbie Prendergrast, também está lidando com dilemas pessoais. Sua mulher o abandonou, seu irmão foi assassinado e ele mora junto com seus filhos e sua sobrinha — que assumiu o papel de mãe das crianças, apesar da idade.

Cena de "Task: Unidade Especial" (Foto: Divulgação)
Cena de “Task: Unidade Especial” (Foto: Divulgação)

Os conflitos destes personagens — o policial e o bandido — são espelhados. Ambos estão lidando com problemas familiares como a paternidade e com o luto (a perda de alguém próximo). O espectador cria um vínculo com os dois porque consegue se conectar com esta vulnerabilidade característica de pessoas imperfeitas. Tanto os personagens principais quanto os secundários são bem construídos, mesmo com o desequilíbrio de tempo de tela. A atriz que faz Maeve (Emilia Jones), sobrinha de Robbie, e Fabien Frankel (“A Casa do Dragão“), que interpreta o agente Anthony Grasso, são dois destaques neste aspecto.

O drama familiar e pessoal — vivido tanto pela família de Tom quanto pela de Robbie — potencializa as cenas de ação policial. A série comporta vários estilos dentro dela. Há momentos em que você imagina estar assistindo a uma série policial e, em outros, a um drama de fôlego. A minissérie transita bem entre diferentes gêneros. Cada episódio (foram 7 no total) tem em média 1h de duração e isso facilita esta riqueza. O espectador que gosta de ação e drama está bem servido com “Task: Unidade Especial”, que está disponível na HBO Max. Ele acompanhará uma investigação policial e, ao mesmo tempo, também acompanhará de camarote os bastidores do dia a dia de duas famílias diferentes lidando com as suas próprias contradições.

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